quarta-feira, 23 de setembro de 2020

CONTOS DA PRAÇA DA ESTAÇÃO #10.1

 

Agamêmnon – PRIMEIRA PARTE.

 

 Aquela foi uma manhã tensa na Praça da Estação em Juiz de Fora, pois alguém teria atrasado o relógio da torre da estação ferroviária provocando tumulto de pessoas furiosas por terem perdido o trem das 6h30min, exigindo que os embarcassem nas próximas saídas. Jorge, o chefe da estação tentava aplacar os ânimos exaltados enquanto chamava por Orestes, o funcionário responsável pela operação do relógio.

Por volta das 9h horas da manhã, ainda com vários passageiros inconformados com o atraso nas suas viagens, Jorge seguiu ao cofre da estação para apanhar um malote com o dinheiro da bilheteria de todo o fim de semana a fim de mandá-lo ao Banco. Mas encontrou o cofre vazio! 

O relógio já acertado marcava 9h22min quando o investigador da policia, doutor Agamêmnon Mathias estacionava seu Aero Willys branco diante da gare da estação, acompanhado de seu ajudante, o policial Josélio e foram direto ao encontro do chefe da estação.

Agamêmnon era um homem de quarenta e sete anos, alto, moreno de olhos castanhos e elegância notória. Preferia ser chamado pelo sobrenome Mathias, porque nem sempre pronunciavam seu nome corretamente: ás vezes confundia com “Agamelão” e isto o incomodava. Era tido como competente e observador. Seu assistente era o oposto: nem sempre sua calça combinava com o paletó a camisa e a gravata, além do cabelo encaracolado despontando no alto da cabeça como um topete sem alinho. Mas não se devia julgá-lo pela aparência, pois era sagaz como uma águia.

Eles foram recebidos por Jorge, um homem baixo e franzino, que parecia exausto: - Foi uma manhã de segunda-feira do cão por aqui! O primeiro trem do dia vem de Belo Horizonte e apanha passageiros com destino ao Rio de janeiro, saindo depois ás 6h30.

- O trem é sempre pontual? – perguntou Josélio.

- Sim. Normalmente ele chega á plataforma entre 6h10min e 6h15min para dar tempo ao embarque dos passageiros, mas hoje ele sofreu um atraso na estação de Mariano Procópio e chegou aqui ás 6h23.

- Porque ocorreu o atraso? – perguntou Mathias.

- Ainda estamos investigando, mas foi exatamente este atraso que originou o tumulto, porque ao invés de esperarem na gare muitos passageiros aguardam nos cafés e lanchonetes da praça conferindo os horários dos trens pelo nosso relógio, que é de uma pontualidade britânica!

- Senhor Jorge, ninguém percebeu que o relógio tinha sido atrasado?

- Não doutor; as pessoas chegam a acertar seus relógios pelo relógio da estação, e como ele marcava 6h05, ninguém se apressou. Então, quando o trem parou na gare, já atrasado, havia poucos passageiros que embarcaram rápido e o trem pôde sair no horário certo. – abanou a cabeça: - O que se viu depois foram pessoas que vieram apanhar o trem que já havia partido! É obvio que ficaram furiosos e iniciou um tumulto que poderia se transformar em vandalismo. Acabei tendo que chamar todos os funcionários, inclusive o guarda que vigiava o cofre.  Eu tenho certeza que Orestes planejou atrasar o relógio para que muitas pessoas perdessem o trem e assim pudesse aproveitar a confusão para abrir o cofre e apanhar o malote!

Mathias pôs a mão no queixo e perguntou: - Por que o senhor afirma ter sido o senhor Orestes?

- Porque ele esteve preso no passado por arrombamento e roubo; cumpriu cinco anos de cadeia e foi beneficiado por bom comportamento. Há alguns anos a Rede Ferroviária abriu vagas para ex-detentos com este perfil e ele foi beneficiado por ser relojoeiro. – abanou a cabeça: - Sempre fui contra isto. Como diz o antigo ditado: cesteiro que faz um cesto faz um cento!

- Então ele é relojoeiro.

- Sim doutor, e também sabe abrir portas trancadas sem precisar chave. Ah, ele estava com tudo á mão!

- Senhor Jorge, há uma coisa que não entendi. – falou Josélio: - Nenhum empregado notou que o relógio estava parado? Dá para ver a torre de alguns pontos da estação!

- Senhor Josélio, é até difícil explicar. Fazemos a mesma ação todos os dias confiando no nosso bom e velho relógio, que nunca falhou; assim, acredito que nunca passou pela nossa cabeça que isto pudesse ocorrer. Reconheço que fomos desatentos, mas não havia motivo para atenções extras.

Josélio fez um muxoxo de dúvida enquanto Mathias falou: - O senhor Orestes precisaria de condução para uma fuga; ele tem automóvel?

- Sim; ele possui um Volkswagen sedã azul claro que sempre fica estacionado na Avenida Raul Soares aí ao lado. E o carro não está lá!

- Hum, certo. Josélio; pegue os dados do veículo e também do senhor Orestes e passe á central para que a polícia rodoviária monte barreiras. Se bem que a esta altura, já deve estar longe.  Vamos precisar da ficha do senhor Orestes também.

- Já está aqui! – e passou-a á Josélio que seguiu ao carro para passar as informações pelo rádio.

O investigador olhou em torno e disse: - Senhor Jorge; eu gostaria de ver o relógio da torre.

- Sim doutor, venha por aqui!

Eles seguiram á uma sala onde havia uma escada helicoidal de ferro. Olhando para cima, a torre parecia até mais alta vista por dentro com a espiral metálica projetando-se ao teto. Mathias começou a subir a escada sentindo-se um parafuso dando voltas no próprio eixo até chegarem á torre; um cômodo pequeno e com pé direito alto. O mecanismo do relógio era acondicionado num armário de madeira e vidro, assemelhando-se a uma caixa de musica que emitia somente as notas tic-tac. Saindo da parte superior erguia-se um eixo terminando numa espécie de diferencial de onde partiam quatro eixos á cada face do relógio que controlavam os ponteiros.

- Bastante engenhoso! – falou Mathias capturando os detalhes nas retinas curiosas. – Como foi possível parar o relógio?

- Na verdade, Orestes não fez o mecanismo parar, apenas não lhe deu a corda, então o relógio começou a funcionar mais lentamente.

- Ah, entendo! Então foi assim que ninguém notou que estaria atrasando.

- Exato doutor. – suspiro. – Pensar que o operador do relógio deixaria de fazê-lo, era algo impensável!

Mathias assentiu e apontou uma pequena cama de armar no canto: - Alguém dorme aqui?

- Orestes permanece na torre a maior parte do tempo. Então se deita aí e fica escutando rádio.

O delegado aproximou de uma mesinha onde havia uma moringa, e a segurou. – Está quase vazia. Onde está o rádio?

- É um transistor portátil que sempre leva com ele. – respondeu Jorge.

- A que horas Orestes chega para o trabalho?

- Ele chega sempre antes das 5h da manhã e sobe para dar a corda no relógio.

- O senhor Orestes é pontual?

- Sim, sempre. Eu também entro ás 5h, mas raramente o encontro. Ele chega e sobe imediatamente á torre!

- Como o senhor sabe que ele está lá?

- Eu ouço o som estridente do seu radinho.

- Havia mais algum empregado aqui á esta hora?

- Sim, decerto. Porém não estavam no prédio da estação, mas cuidando de afazeres noutros lugares.

- Não há passageiros á espera de trem na madrugada para alguma baldeação, ou chegando de viagem?

- Não doutor! A verdade é que o movimento de passageiros caiu muito! – olhou e torno. – O transporte de pessoas nos trens está com os dias contados no Brasil! O senhor já deve saber que está em curso á desativação de vários ramais ferroviários.

- Sim; inclusive o que servia ao município de Paiva, aqui na Zona da Mata, foi desativado mês passado. Tenho parentes por lá que estão tendo dificuldades nos transportes sem contar com os trens!

- Então o doutor sabe do que estou falando. Antes tínhamos algum movimento na estação por toda a noite, agora, apenas de dia e com poucos horários. O governo decidiu priorizar o transporte rodoviário; fazer estradas agora é o lema! Se o doutor quer saber: eu acho isto um verdadeiro crime contra o país! Toda a malha ferroviária foi comprada dos ingleses a peso de ouro e o Brasil custou a quitar a dívida; e agora que está paga resolvem destruí-la! – abriu os braços: - Daqui a pouco, este prédio, esta obra de arte que é nosso relógio e todo o legado da Central do Brasil e da Leopoldina vai virar lixo; escute o que digo! – fez um riso sarcástico: - Todo nosso equipamento ferroviário está sendo sucateado desde que o governo JK inventou essa tal de Rede Ferroviária Federal S.A. em 1957 e Orestes soube usar até isto no seu plano!

- Como assim senhor Jorge?

- Sabe como ocorreu o atraso do trem na estação de Mariano Procópio, doutor? O sinal vermelho acendeu indicando que haveria um impedimento nos trilhos á diante; só que não há um painel que mostre exatamente onde é o problema, então a composição que vem no mesmo ramal para á espera de liberação.

- Os trens não possuem rádio para comunicação?

Riso: - Quando funcionam! Então os maquinistas acham mais seguro esperar a liberação da linha observando o sinal.

- Como o sinal vermelho é acionado?

- Há dispositivos elétricos nos entroncamentos das vias que desviam o fluxo de trens conforme a necessidade, que por sua vez acendem os sinais vermelhos indicativos de problemas na malha ferroviária. Ocorre que nossos mecanismos de desvio do fluxo são antigos e ainda podem ser acionados manualmente, como no passado, e se alguém o fizer, fará acender os sinais vermelhos automaticamente! – abanou a cabeça: - Aposto que antes de vir para cá, Orestes foi ao desvio e acionou o mecanismo para provocar o atraso do trem. Depois não deu a corda no relógio para confundir os passageiros, fazendo-os perder o horário!

- Hum, faz sentido! Mas,... Não há outros relógios na estação? Na gare, por exemplo?

- Sim, doutor: existem!... Venha comigo que lhe mostro!

Antes de saírem. Mathias notou um cheiro no ambiente, mas não o identificou.

Ao chegarem ao térreo, Jorge mostrou vários relógios no chão ao lado de uma mesa. – Os nossos relógios são velhos e apresentam problemas, então Orestes os recolheu ontem afirmando que os arrumaria hoje pela manhã. – abanou a cabeça. – Tudo planejado para confundir!

- Esta mesa é usada pelo senhor Orestes?

- Sim, quando não está na torre.

Mathias concordou e começou a examinar a mesa, muito simples, praticamente uma carteira com porta lápis contendo ninharias, um cinzeiro, uma caixa com ferramentas de relojoeiro e quebra luz. Havia apenas uma gaveta, que continha pequenos objetos, clipes, um grampeador enferrujado, envelopes vazios com a marca da antiga Central do Brasil, um pente e um pó marrom espalhado pelo fundo que tinha o mesmo cheiro da torre: - Que pó é este?

- Ah, isto é rapé! Orestes tem o costume de cheirar rapé para provocar espirros; diz que faz bem!

- Costume de gente antiga. Quantos anos têm o senhor Orestes?

- Quarenta e quatro anos. Pessoalmente acho esse hábito repugnante! Ele sempre carrega a boceta de rapé no bolso, por isso há esse cheiro em tudo que toca.

Mathias achou engraçado o uso daquele termo de sentido ambíguo, mas sabia que bolsinhas de repé eram chamadas assim, e perguntou: - Onde fica o cofre da estação?

- Numa sala no outro lado. Venha comigo doutor. – seguiram passando pelo belo salão da estação e suas quatro colunas em granito sustentando uma cúpula e o chão em ladrilhos hidráulicos onde ainda viam-se cacos dos vidros de quadros de avisos quebrados no tumulto. Chegaram á uma sala grande com um portão em madeira trabalhada até meia porta. Havia escrivaninhas, ventiladores de pedestal, fotos do presidente da república e do governador do estado, e armários repletos de pastas; o cofre era embutido num tipo de bancada de madeira maciça. Jorge se abaixou e explicava. – É aqui que guardamos o dinheiro das passagens e também do dia do pagamento. – ia abri-lo.

– Por favor, senhor Jorge, não o toque; vamos examiná-lo para tentar colher impressões digitais!

- Sim! Ah mas receio que tenha sido tocado por várias pessoas depois do roubo, inclusive eu mesmo.

- É verdade! Mas, prossiga nas explicações senhor Jorge.

- Sim. O cofre pode ser trancado usando-se a fechadura de segredo, que costuma emperrar, assim preferimos usar a fechadura á chave. – olhou o delegado. – Como tudo aqui, esse cofre é uma peça de museu!

- O senhor quer dizer, vulnerável?

- Bem; isto se mostrou verdadeiro! Um homem com a habilidade de Orestes abriria isto aqui com uma mão amarrada nas costas!

Antes que o delegado falasse qualquer coisa, uma mulher magra de óculos e coque nos cabelos pretos entrou. – Ah, é o doutor Agamêmnon?

Ele pensou “finalmente alguém que diz meu nome certo” e respondeu: - Sim! – olhou sua mão esquerda sem aliança: - Senhorita?

Jorge a apresentou: - Esta é Cleide, nossa secretária, bilheteira, quase um faz tudo por aqui!

- Prazer senhorita! – Mathias achou-a interessante.

Ela se aproximou: - Doutor, eu preciso dizer o que vi: Orestes entrou nesta sala no momento do tumulto!

- Como? – perguntou Jorge: - Você viu isto acontecer Cleide?

- Sim! – recobrando um pouco o fôlego: - Eu cheguei ao trabalho ás 6h, como sempre, conferi a bilheteria e depois vim para esta sala dar inicio ao expediente. De repente começaram e entrar pessoas muito nervosas que vieram direto á esta sala cobrar explicações sobre a partida do trem, que pensavam estar fora do horário! Olhei meu relógio e estava certo! Ah,... Eu não sabia o que estava acontecendo, parecia até que iam me linchar, então pedi ajuda! Vieram empregados da estação tentando contê-las e o guarda que fica nesta sala os impediu de entrar!

- Estavam apenas a senhorita e o guarda nesta sala no momento do tumulto?

- Sim doutor Agamêmnon!... Eu fiquei apavorada, em pânico mesmo, e corri para o banheiro!

- O guarda saiu da sala também?

- Sim doutor, e foi ele que sugeriu que eu buscasse um lugar mais seguro! Então quando eu tentava sair me esgueirando na multidão, Orestes passou por mim dizendo “não fique aqui, vai ter quebra-quebra!”. Eu fiquei ainda mais apavorada e corri para o banheiro, mas parei um instante olhei para trás e vi Orestes entrando nesta sala!

- Onde estava o guarda neste momento?

- Estava na entrada da estação junto a outros empregados tentando impedir que mais pessoas entrassem!

- E onde está o guarda agora?

Jorge respondeu: - Ele se feriu com cacos de vidro e foi á enfermaria fazer um curativo. Chama-se Sergio.

- Assim que retornar quero falar com ele!

- Sim doutor.

Cleide prosseguiu: - Há mais uma coisa doutor Agamêmnon. Quando o tumulto diminuiu, eu voltei a esta sala e a porta estava fechada por dentro e Sergio tentava abri-la.

Jorge a cortou: - Então eu ordenei que ele fosse á enfermaria cuidar do ferimento e tentei abrir a porta, que estava realmente trancada, mas há acessos laterais, e um deles estava aberto. Nós entramos, e não havia ninguém na sala. Considerei que Orestes tinha agido certo ao trancar a porta para evitar uma invasão.

- O senhor não estranhou a ausência dele dentro da sala trancada por dentro?

- Não doutor! Julguei que ele estivesse noutro ponto da estação; não havia razão para desconfianças.

 - Qual porta estava aberta?

Jorge apontou: - Esta aqui. - ele apanhou um lenço para segurar a maçaneta, abriu a porta e saiu. Mathias o seguiu á uma pequena área cercada com grade: - Aqui nós temos uma saída á direita para a Praça da Estação que tem um portão de ferro, e uma a esquerda para os trilhos, e é por aqui que Orestes deve ter fugido, porque também dá acesso á Avenida Raul Soares. - o investigador foi captando detalhes da passagem, que era estreita, e perguntou: - Por que o senhor afirma que ele saiu por aqui e não pela praça?

- Porque seu carro fica sempre estacionado na avenida. – apontou.

- Será que podemos encontrar alguém que o tenha visto se evadir; um comerciante ou morador?

- Infelizmente não doutor. Todas as construções do outro lado da avenida estão vazias porque serão demolidas para abertura do prolongamento da Avenida Brasil. – riso: - A própria Avenida Raul Soares vai desaparecer também; tudo em nome do progresso! – abanou a cabeça em desaprovação e voltou com as mãos nos bolsos do casaco. Cleide saiu e falou á Mathias. – Achei tão triste ver pessoas que viveram aqui por toda a vida serem despejadas dos seus lares! Deu pena ver suas expressões de perda; alguns choravam. Fiquei chocada doutor Agamêmnon! - ele assentiu e estavam voltando para o prédio da estação, quando ela apontou. – Doutor, olhe ali!

Havia um objeto no chão, próximo á porta. Jorge veio ver e falou: - É a boceta de rapé que Orestes sempre carrega! – abaixou para pegá-la com um lenço: - É ela mesma; o safado deve ter deixado cair na hora da fuga!

- Se o senhor Orestes correu por aqui na direção da avenida, estaria carregando o malote, certo?

- Sim doutor!

- Esses malotes são grandes?

- Venha ver doutor; temos alguns aqui! – entraram e Jorge lhe mostrou uma espécie de valise de lona com fecho em metal revestido de couro que podia ser lacrado, trazendo a marca da RFFSA. Mathias observou: - É grande! Quando dinheiro seria depositado no banco?

- Era um total de sessenta e oito mil e duzentos e vinte três cruzeiros novos e cinquenta e três centavos!

Mathias espantou: - Uma quantia bem elevada! Tudo de venda de passagens?

- Uma parte. Havia também grande quantia em dinheiro do antigo ramal da Leopoldina, e também vários cheques e documentos. - Jorge levou as mãos á cabeça: - Meu Deus; estava tudo sob minha responsabilidade! Ah,... Depois de mais de quarenta anos de trabalho, este tipo de descuido é imperdoável! Nunca pensei que teria essa nódoa no currículo ás portas da aposentadoria!

Mathias não falou nada. Então Josélio chegou informando que a polícia rodoviária estava atenta ás características do automóvel de Orestes, e o delegado ordenou que se dirigissem á casa do suspeito para investigações.

- Sim, onde é casa dele?

- No bairro Borboleta. Podemos ir agora doutor.

- Sim, vamos fazer de imediato! – dirigindo-se á Jorge: - Por hora solicitamos que aguardem pelo perito, que virá colher impressões digitais, coisas de praxe. Podemos marcar seus depoimentos para a tarde, assim que abrirmos o inquérito?

- Sim doutor Mathias. – respondeu Jorge com expressão abatida, sendo consolado por Cleide.

Então o investigador saiu junto a seu assistente e mais dois policiais para fazerem a batida na casa de Orestes.

 

CONTINUA...

 

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