O relógio já havia virado á meia noite,
indicando que o dia primeiro de janeiro de 2020 finalmente aportou. O champanhe
e os abraços de “feliz ano novo” haviam terminado naquela cobertura no bairro
Estrela Sul em Juiz de Fora e os convidados se esparramavam nos sofás com suas
promessas para o ano novo.
- É sério! – falava Joel: - Vou voltar á
academia!
- Todo ano você volta!... A gente não
sabe se será este ano! – zombou o amigo Robson. – todos riram, e Rosa. Sua
noiva arrematou: - Vou cuidar disto pessoalmente! – olhou Joel – Esse ano você
não escapa! – ele cobriu o rosto e respondeu aos risos: - Estou prevendo que
estarei perdido!
- Pois este ano eu vou passar no
doutorado! – Falou Deyse. – Vou meter a cara nos estudos!
Rosa apoiou; - Isso mesmo amiga; tem que
se jogar nos sonhos!
Rafael, o anfitrião, falou: - Este ano
pretendo me jogar nos estudos do mundo metafísico! Quero fazer uma viagem ás
ilhas britânicas, visitar Stonehenge e alguns castelos.
Vanessa, sua namorada, falou: - Lá vem
você com essas coisas macabras!
- Não é macabro, amor; é sério, eu creio
no sobrenatural e quero aprofundar mais!
Jeferson, irmão de Rafael que estava á
varanda com Mariah falou: - Duvido!
- Ora, por quê?
Ele entrou falando: - Por que você se
borra de medo dessas coisas! Lembra quando a gente era criança no sítio tio Cláudius?
- Eu era criança, não valeu!
Vanessa perguntou: - Essa eu quero
saber! O que acontecia no sítio do tio de vocês?
Jeferson se sentou no meio dos amigos e
falou: - A gente fazia uma brincadeira de chamar espíritos! íamos para o paiol,
fazíamos um papel com o abecedário, arranjávamos um copo, uma vela e uma mesa
de tampo bem liso, que tinha que ficar nivelada. Então ficávamos em volta e
chamávamos o espírito da nossa bisavó Irma!
- Por que ela? – perguntou Joel.
- Tinha um retrato dela na sala, e uma empregada
que chamava Maria Josefa disse que viu o fantasma dela algumas vezes! Lembra da
Josefa, Rafa?
Aborrecido, ele respondeu: - Lembro!
- Aí você corria para debaixo da cama
todo mijado! – debochou Jeferson, ao que Rafael se irritou: - Espere aí? Eu te
convido para uma festa e agora você vem me zoar dentro da minha casa! – Vanessa
tentou contemporizar: - Calma amor, ele está brincando!
Jeferson se levantou: - Olha aqui irmão,
foi tu que puxou assunto de coisa sobrenatural!... Ah, saquei: é só pra
alardear que vai fazer mais uma viagem ao estrangeiro para todo mundo vem que o
Rafa é o rei da bala chita!
Robson, que era o mais velho do grupo se
levantou dizendo: - Pera aí gente!... Foi uma confraternização tão bonita para
acabar nesse climão! Poxa vida, ano novo é hora de repensar, resignificar as
coisas! – ocorreu um silêncio constrangido até Jeferson abanar a cabeça e falar:
- Tem razão. Desculpem! – aproximou de Rafael e falou: - Desculpa aí mano. Tudo
que você tem foi por mérito de trabalho, eu respeito isto!
Abraçara-se e Rafael falou: - De boa,
não tem que pedir desculpa! – ainda abraçado ele falou: - Aí gente, que tal mais
uma rodada da geladinha para lavar o resto da inhaca de 2019! – todos riram,
buscaram cervejas e brindaram.
Por volta das três da manhã, estavam
levemente bêbados quando Mariah perguntou ao namorado: - Jefinho, eu fiquei
curiosa para saber o que acontecia na sessão de macumba que vocês fizeram na
casa do seu tio!... Conta aí?
Ele respondeu: - Ah amorzinho; esse
assunto já deu ruim, vamos esquecer isto!
Rafael terminava sua cerveja, e disse: -
Não há motivo para não tocar nesse assunto. Foi coisa de criança que aconteceu
a mais de trinta anos! – todos o olharam, e ele começou a relatar que sempre
iam á casa do seu tio Cláudius na passagem do ano, porque seus pais eram
médicos e faziam plantão no réveillon, assim preferiam que os filhos
confraternizassem com os tios e primos que viviam no campo: - Era muito bom! Eu
e Jeferson éramos crias de cidade, e a roça era fascinante!
O irmão riu: - Lembra quando a gente
brincava de “bobiça” com as primas?
Todos riram e Rafael pôs o dedo nos
lábios: - Todo mundo sabe o que é isto, maninho! – mais risos até ele prosseguir
explicando que na virada do ano, ficavam acordados até a madrugada brincando e
ouvindo as histórias da Maria Josefa, uma preta empregada antiga da fazenda que
contava “causos” de assombrações e luzes que apareciam na mata. Mas quando se
falava no caso do fantasma da bisavó, ela abanava a cabeça fazendo careta e
dizia; “Larga disso,... É coisa pra deixar lá onde tá!”.
Então um barulho na janela fez todos se
assustarem. Joel até fez “booo” de brincadeira, mas Rafael tranquilizou á todos:
- Calma gente corajosa; não é fantasma, é a persiana que oscilou no vento. Está
meio solta e tem que trocar.
Jeferson lembrou: - Engraçado; tinha
retrato da bisavó sala da casa do tio Cláudius, mas ninguém da família falava nela!
Só sabemos que era imigrante alemã e chamava Irma Gomes. – riso: - isto lá e
nome alemão?
Rafael explicou: - Sim, ela era imigrante
alemã e trocou o sobrenome quando veio para o Brasil. Costumavam fazer isto na
alfândega! – então ele prosseguiu relatando o fato que ocorreu na madrugada do
dia primeiro de janeiro de 1990, quando os primos se reuniram ás escondidas para
evocar o espírito da “Vó Irma”, como se referiam.
Jeferson riu e comentou: - Era uma
brincadeira só para assustar as primas,... E a gente poder fazer mais “bobiça”!
Mariah perguntou: - Então se era só uma
treta para sacanear as primas, pra que tanto clima em cima disso?
- Era para ser só isto! – falou Rafael:
- Mas acabou não sendo só isto! – olhou Jeferson: - Você nunca se perguntou por
que eu entrei em pânico e saí correndo para o quarto?
- Ora,... Ficou com medo!
- Nem tanto! Você lembra de que quando
andávamos nas estradinhas á noite e apareciam aquelas luzes no meio da
escuridão do pasto? Você ficava assustado e eu te protegia. Lembra-se disto
Jeferson?
- Sim,... Mas você é meu irmão mais
velho!... – pausa: - Você também acendia as luzes quando eu tinha medo do
escuro.
- Então, veja que eu nunca fui medroso!
- Eu sei mano,... Falo isto para te
sacanear! Mas então o que aconteceu naquela madrugada para te assustar tanto? –
as pessoas começavam a se aconchegar nos sofás ao ouvirem, e Vanessa falou: -
Vamos parar com essas histórias?... Não tem nada a ver com ano novo!
- Tem a ver sim amor! – falou Rafael: -
Acho que é preciso lavar as inhacas do passado para podermos entrar no ano novo
sem “fantasmas”. – ele prosseguiu. – Eu inventei aquela brincadeira baseado nos
filmes de terror com tábuas Ouija que via na TV e os primos da roça não
conheciam. Assim, eu escrevia o alfabeto e as palavras “sim” e “não” num
papelão; arranjava um copo, uma vela acesa e juntávamos em volta de uma mesa.
Eu dizia bobagens do tipo: “Oh, se há
algum espírito no recinto, que se manifeste!” igual aos filmes. As primas
até choravam quando o primo João cutucava o pé da mesa para simular a presença
de assombrações!... Mas naquela noite aconteceu uma coisa diferente,... E muito
estranha.
Jeferson perguntou: - Hei, você nunca me
falou nada disto!... O que aconteceu?
Rafael fechou os braços, estava
visivelmente arrepiado ao dizer: - Quando perguntamos: “tem algum espírito aí?”, apoiamos os dedos no copo e forçamos para
o lado do “sim”; mas o copo deslizou sozinho, lembra-se disto?
- Sim,... Mas foi só um truque
inclinando a mesa!
- Não foi!... O copo realmente
assinalou; “sim!”. Então,... – Ah, vamos deixar isto para lá como recomendava a
Maria Josefa, e abrir mais umas Brahmas?
- Para de enrolar e fala Rafael! –
insistiu Jeferson.
-... Está bem,... Eu vi um vulto se
aproximar no escuro, atrás de vocês!... Era como se fosse uma projeção
holográfica borrada e luminosa. Lembra que eu disse: “olhem para trás!”?
- O João disse que viu também, e imitou
o gemido de uma assombração! – falou Jeferson.
- Ele não viu nada; apenas fingiu!...
Mas eu vi o vulto aproximando até se colocar atrás de você, Jeferson!... Parecia
levantar as mãos e,... E aí eu me apavorei e saí correndo da mesa para quebrar
a corrente!...
- E o que era o tal vulto? – perguntou Robson,
o mais bêbado e rindo. – Papai Noel atrasado? – alguns riram e Rafael se
irritou: - Estou relatando algo que nunca contei para ninguém!... Uma coisa que
me atormenta até hoje, e não admito deboche e nem que pensem que estou
inventando uma historinha para apimentar o ano novo!
Vanessa contemporizou: - Acalme-se amor.
Ninguém está pensando nada disso!
Jeferson se levantou nervoso: - Pois eu
acho que aconteceu mais alguma coisa!... Ah, você nunca mais foi o mesmo
depois; ficou medroso e nem gostava de entrar em lugares escuros! – abriu os
braços: - Olhe este apartamento!... Todo branco e com luzes acesas o dia e a
noite inteira! Vanessa até me disse que você paga uma fortuna de conta de luz
por causa desta mania!
Ela reagiu: - Eu apenas comentei isto porque
sou contra desperdícios!
Rafael gritou: - Parem!... Chega!...
Mariah está certa; foi só uma historinha que inventei pra sacanear as
mulheres,... – riso: - Aquela brincadeirinha da “bobiça”!
- Nem acredito que um homem de 42 anos
precise fazer uma brincadeira escrota dessas com a gente só para se dar bem! –
falou Dayse. – Estou decepcionada!
- Desculpem amigos,... – falou Rafael
constrangido: - Acho que bebemos demais não é? – as pessoas se levantaram um
tanto aborrecidas para saírem; Joel ainda foi ao toalete e Rafael tentou
abraçar Vanessa, mas ela o repeliu: - Não! Eu não sou uma de suas primas da
roça pra fazer “bobiça” á custa de historinhas de assombrações! – ele insistiu:
- Perdão amor,... Não devia,... – ela o cortou: - Depois conversamos!
- Não!... – segurou suas mãos, estava
trêmulo: - Fique comigo,... Não precisamos fazer nada! Apenas, não me deixe
sozinho. – ela concordou e o beijou.
Jeferson se aproximou dizendo: - Você tá
me escondendo alguma coisa!
Rafael respondeu: - Por favor, esqueça
isto! Como Deyse falou, foi só uma brincadeira escrota. – e o abraçou,
recebendo discreta retribuição.
No corredor á entrada do elevador Rosa
falou: - Joel já desceu e está esperando na van; disse para irmos ao
apartamento dele porque a festa vai continuar lá! – Mariah insistiu: - Vamos,
Jeferson! – o abraçou: - Eu quero ver o dia nascer fazendo “bobiça” com você! –
ele concordou e entraram no elevador.
Rafael encostou-se ao sofá, e resmungou: –
Estraguei a festa com essas lembranças absurdas! Por que não fiquei calado.
Vanessa sentou-se ao seu lado e
disparou: - Amor, estamos apenas eu e você aqui, portanto, vamos começar a
falar a verdade! – encarou-o: - Não sou burra e vi que você não falou tudo!
- Não tinha o que falar,... Foi tudo uma
brincadeira irresponsável de um adulto de 42 anos metido a rico, como bem disse
meu irmãozinho.
- Lamento, mas esta dissimulação não vai
funcionar! – segurou-o pelo rosto. – Amo você e estamos juntos a um bom tempo,
mas não quero ser a ultima pessoa á saber coisas da sua vida, que posso não
gostar! – lágrimas brotaram nos olhos de Rafael e ele falou: - Você tem
razão!... Há coisas na minha vida que,... Tenho vergonha e medo, mas preciso me
abrir para não enlouquecer! – limpou os olhos com as costas das mãos e disse. –
Em primeiro lugar, o sobrenome de minha bisavó não foi mudado á toa. Mudou por
que era Grese! Como professora de história, ligue os fatos!
Ela pensou um pouco: - O nome de sua
bisavó era Irma,... Irma Grese?
- Sim, o anjo da morte do campo de
concentração de Berger – Belsen, na Alemanha nazista! Por isto alteraram nossos
sobrenomes para Gomes para nos resguardar de algum tipo de represália ou
perseguição. Eu deveria chamar Rafael Grese!
- Meu deus. Eu entendo! Seu irmão sabe
disto?
- Não; e nem pode saber! Eu descobri por
acaso e meu pai me fez jurar que nunca diria a ninguém. Mas não é só isto: quando
eu era criança, ainda filho único, meus pais se separaram por um tempo e meu
pai se envolveu com uma enfermeira, que ficou grávida. Ele assumiria o filho,
mas ela faleceu no parto e papai não teve alternativa senão ficar com o bebê.
Mas, havia um problema: a enfermeira se chamava Sara Steinberg, e era judia.
Então minha mãe aceitou registrar a criança como se fosse biológica.
- Por que sua mãe fez isto?
- Por causa do cunhado, meu tio
Claudius, irmão do meu pai. Ele é nazista, assim como quase toda a família. Os
Grese jamais aceitariam uma criança gerada num ventre de uma mulher judia,...
Eu era estudante universitário quando descobri isto e achei que abaixar a
cabeça á este absurdo era o mesmo que ser conivente ao nazismo! Mas meu pai
insistiu em manter este segredo, me implorou, até porque Jeferson era
adolescente e não suportaria a rejeição da família. Tio Cláudius certamente
seria o primeiro a rejeitá-lo! – abanou a cabeça: - Assim, eu jurei sustentar esta
mentira para sempre!... Eu amo meu irmão, e sempre tentei protegê-lo, mas,... –
não conseguia continuar e Vanessa insistiu: - Mas o quê. Rafael?
Ele respirou como que buscando fôlego, e
prosseguiu: - Nunca de deve brincar com o mundo dos espíritos, e é o que
fizemos naquela noite em 1990! Eu vi claramente quem era o vulto que se colocou
atrás de Jeferson; era nossa bisavó Irma Grese!... Ela levantou as duas mãos
sobre a cabeça de meu irmão e disse algo que me pareceu: “Er ist unrein. Muss sterben!”. Eu não sabia o que era, mas entendi
que ela não podia tocar em Jeferson! Por isto eu rompi a corrente e saí
correndo. – virou-se á Vanessa: - Podemos esconder a verdade neste plano, mas
não para quem pode ver além,... E o espírito daquela nazista vê, e o odeia!
- Mas,... Não entendo!... Deve ter sido
uma alucinação, vocês eram crianças!
- Não foi! – ele suspirou: - Acredite ou
não, eu sou o que chamam médium! Sou como um mediador entre o mundo físico e o
metafísico, por isto preciso fazer esta viagem de estudos ao sobrenatural! –
abaixou a cabeça: - Está me achando um maluco, né?
Ela o abraçou: - Claro que não, amor!
- Tenho feito de tudo para afastar
Jeferson de qualquer coisa minimamente sobrenatural. Tenho medo que ele vá numa
sessão de espíritos e Irma se manifeste! – riso: - Tentei até induzi-lo a se
tornar evangélico! Algumas vezes eu pensei em evocá-la para tentar exorcizá-la.
Cheguei a obter uma tábua Ouija verdadeira para fazê-lo.
- Oh não Rafael, por favor, não mexa com
isto, pode ser perigoso! Onde está esta tábua Ouija? – perguntou Vanessa
aflita. – Não é melhor destruí-la?
Após uns instantes ele afirmou: - Tem razão,...
– levantou-se. – Vou fazer isto agora! – e seguiu rápido aos seus aposentos. Vanessa
ficou aguardando, pensando: - Meu deus, que loucura!
- Não!... Não está aqui! – Rafael voltou
á sala, apavorado. – A tábua estava escondida no armarinho do banheiro e sumiu;
alguém a pegou!
Vanessa lembrou: - Joel foi ao banheiro
entes de sair e se retirou sem despedir de ninguém! Foram todos ao apartamento
dele para continuar a festa!... Jeferson foi com ele!
- Aquele idiota é metido á exotérico, e
sabia da tábua,... Só que também é médium! – correu á porta: - Preciso impedir
aquele palhaço de fazer a sessão! – Vanessa o acompanhou.
No caminho tentaram contato com todos
aos amigos que saíram junto com Joel, mas os telefones estavam fora de área ou
desligados.
Ao chegar ao condomínio de Joel, a
portaria barrou sua entrada pedindo algum documento de identificação. Na pressa
Rafael esqueceu-se de apanhar a carteira, e Vanessa sua bolsa. – Olhe,... É uma
emergência!... Interfone ao apartamento 903 e diga que o Rafael está aqui! – o
porteiro se virou para fazer a ligação, e em instantes voltou dizendo que
ninguém atendia, enquanto Vanessa conseguia completar uma ligação: - O quê?...
Fale devagar Mariah!
Começaram
a escutar gritos e viram pessoas correndo. Rafael acelerou o carro arrebentando
a cancela da portaria e parou próximo á uma aglomeração de gente, e saiu pressentindo
a pior das notícias. Ao se aproximar viu o corpo de Jeferson no asfalto. Tinha
se jogado do nono andar. Ajoelhado, ele desesperou: - Não,... Não,... Perdão,
eu falhei. – Viu Joel se aproximar assustado, se levantou e agarrou o colarinho
da sua camisa em fúria: - Seu idiota,... O que você fez?
- Era só uma brincadeira!... - respondia
Joel em pânico. – Sabe;... Como nos filmes! Aí ele levantou da cadeira e
gritou: “sou impuro, sou impuro!”. E
pulou a varanda,... Não conseguimos segurar!...
Rafael desferiu-lhe um soco, sendo
contido pelos amigos e Vanessa que falou. – Ele não tem culpa,... Não sabia!
-
Me deixem!... – desvencilhou-se e seguiu chorando ao seu carro. – Eu falhei,...
Meu deus, eu falhei! - ao aproximar do veículo, em prantos, pôde notar que o
para brisa estava embaçado e havia algo escrito: “Er ist unrein. Musste Sterben!”.
Rapidamente ele apanhou seu celular e
buscou o tradutor no Google: e a frase queria dizer em português: “Ele era impuro. Tinha que morrer!”.
Então jogou o parelho ao chão e
ajoelhou-se chorando e dizendo: - Maldita! – sendo consolado Por Vanessa.
Tempos depois...
- Você vendeu tudo; apartamento, carro;
largou o emprego. Tudo por causa desta culpa, que não é sua! – falou Vanessa: -
Já se passaram três meses; você precisa superar isto!
Rafael acabava de arrumar sua mochila, e
respondeu: - Eu demorei demais para entender que tinha uma missão á qual devia
ter me preparado! Mas fui tolo, presunçoso e achei que era só ser indiferente
que tudo desapareceria. Mas não é assim, amor!
- Para aonde você pretende ir? –
perguntou Vanessa.
Ele deu de ombros: - Procurar respostas
onde quer que elas estejam!... – colocou a mochila nas costas e uma bolsa a
tiracolo. – Os Grese carregam uma maldição!... Preciso de respostas! – beijou
Vanessa. – Perdão,... Não posso ser o que você precisa agora. Para o seu bem.
Me esqueça!
Lágrimas rolavam á sua face: - Não seja
mais presunçoso ainda tentando adivinhar o que é bom para mim! – chegou o Uber,
e ele a beijou novamente, entrou no carro e saiu. Ele ainda a olhou pelo vidro
traseiro, parada á calçada limpando os olhos.
Então Rafael abanou a cabeça, também com
olhos molhados e resmungou; - Droga!... Mas é preciso. - Apanhou uma foto sua
ao lado do irmão e disse: - Não é apenas por você,... É por mim!
E seguiu ao aeroporto.
Fim.
Show! Feliz ano novo ou não hehehe. Valeu Ramon!
ResponderExcluirObrigado!!!!! desejo o mesmo!
ResponderExcluirExcelente texto!!!
ResponderExcluirApoio uma dupla: Margot e Rafael!!
Quem sabe no futuro!
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